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Economia

Teletrabalho. Vêm aí os trabalhadores híbridos

Carreira. O regime misto de trabalho, presencial e remoto, é apontado como uma tendência de futuro. Mas comporta riscos, admitem os especialistas

Portugueses não querem ser teletrabalhadores em permanência
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A tendência é global e ganhou escala com o confinamento. Mesmo depois de controlada a pandemia, a maioria dos trabalhadores não quer voltar ao escritório nos mesmos moldes do passado. Um estudo conduzido pela plataforma de gestão de talento Peakon, e divulgado pela consultora de recrutamento Adecco, revela que 74% dos trabalhadores em todo o mundo que estiveram em trabalho remoto não querem voltar ao regime exclusivamente presencial, preferindo um modelo híbrido, repartido entre a casa e o escritório.

Psicólogos, recrutadores, economistas e investigadores reconhecem que, entre o teletrabalho permanente e o modelo misto, o último é a fórmula ideal, já que permite combater um dos principais riscos decorrentes do trabalho remoto: o isolamento dos profissionais. Ainda assim, o regime misto não está isento de riscos. Coloca grandes desafios em matéria de saúde mental, produtividade, proteção legal dos trabalhadores e até progressão na carreira e vai obrigar a repensar as práticas de gestão e o enquadramento jurídico laboral. A forma como o fizermos agora, dizem, será determinante para definir como iremos trabalhar no futuro.