Economia

TAP. “O Governo não se pode comprometer em relação a futuras injeções de capital”

João Leão sustenta que, neste momento, não pode garantir que a ajuda à companhia aérea ficará pelos 1,2 mil milhões de euros

“Com franqueza e honestamente não nos podemos comprometer” em relação à necessidade de novas injeções de capital na TAP, respondeu o ministro das Finanças, João Leão à deputada do CDS-PP, Cecília Meireles, em sede de Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças.

Segundo o governante, o Executivo está empenhado no plano de reestruturação da companhia aérea, acordado com a Comissão Europeia, mas neste momento não é possível antecipar qual será a evolução do sector no segundo semestre de 2020 e no próximo ano e, por isso, não há forma de dar garantias se o montante dos 1,2 mil milhões serão ultrapassados.

Disse ainda que o Governo tem a certeza de que esse empréstimo não será totalmente saldado e que o Estado passará a ser acionista da TAP SA, dadas as dificuldades financeiras da companhia.

João Leão esclareceu também que os credores da TAP fazem parte do plano de recuperação da empresa. Cecília Meireles questionou se os credores também iam participar na recuperação da TAP, via um corte nos valores em dívida. “O plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia implica o alinhamento e discussão com os credores”, precisou o ministro.