Economia

Ritmo de subida do desemprego abranda em maio. Há mais 16 mil desempregados do que em abril

Desemprego registado em Portugal aumentou em maio 4,2% face a abril. Número contrasta com o agravamento do desemprego registado entre março e abril, 14,1%. Mas em termos homólogos, o país tem mais 103 mil desempregados do que em maio de 2019

O mês de maio fechou com 408.934 desempregados registados nos centros de emprego nacionais. O número representa um aumento de 93.372 desempregados face ao perdido pré-pandemia, tomando como referência o desemprego registado em fevereiro, mas dá sinais de abrandamento face ao crescimento mais acentuado que foi visível nos meses de março e abril. As contas, agora divulgadas pelo Instituto do emprego e Formação Profissional (IEFP), apontam para um agravamento do desemprego registado de 4,2% em maio face ao mês anterior. Um número muito inferior ao agravamento de 14,1% no número de desempregados inscritos que se registou entre março e abril.

São mais 16.611 pessoas no desemprego do que em abril deste ano, numa altura em que a economia já inicia o caminho da retoma. O aumento é significativamente inferior ao registado nos dois últimos meses, desde o início da pandemia. Contudo, em termos homólogos, ou seja, comparando os indicadores do desemprego registado - medido pelo número de inscritos nos centros de emprego - a análise dos números de maio mostra que continua a existir razão para preocupação. Em maio o país tinha mais 103.763 desempregados do que no mesmo mês de 2019, mais 34%.

Para o aumento do desemprego registado face ao período homólogo terão contribuído, segundo o IEFP, todos os grupos funcionais. Contudo, destacam-se "as mulheres, os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário".