Exclusivo

Economia

"Já há ginásios à venda". Sector põe urgência na reabertura e só não quer exercício com máscara

Os pequenos ginásios, que em Portugal representam 60% a 70% dos clubes abertos, estão a ficar "sufocados". A DGS emite recomendações finais esta semana, ainda sem data de reabertura, e a associação do sector espera que elas não destoem muito do que já foi proposto. Querem abrir o quanto antes e só têm uma linha vermelha: que não se obrigue os clientes a fazer exercício com máscara

Sergio Pedemonte/Unsplash

Os ginásios estão a ser um dos principais 'engulhos' no desconfinar das atividades em Portugal com a Covid-19 - se é certo que em ambiente de pandemia o exercício ainda se torna mais recomendado por razões de saúde, não está a ser fácil chegar a consenso relativamente a datas de reabertura dos clubes em espaços fechados.

"Já há ginásios à venda, os mais pequenos estão numa situação catastrófica, e ao contrário do que se imagina representam 60% a 70% dos 1300 clubes que estão abertos em Portugal", adverte José Carlos Reis, presidente da Associação de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP), lembrando que "muitos ginásios no país são um projeto de família, de marido e mulher que são instrutores e criararam um pequeno clube, e são sobretudo esses que estão a ficar sufocados".

A AGAP bate-se pela reabertura dos ginásios a 1 de junho, mas na reunião que teve ontem, 19 de maio, com representantes da Direção-Geral da Saúde (DGS) e da Secretaria de Estado do Desporto, não se levantou o véu relativamente a datas "por não ser da competência desses organismos, segundo nos explicaram", adianta José Carlos Reis. A reunião foi "cordata" e a DGS mostrou abertura às propostas que já tinham sido feitas pela associação a 16 de abril para os ginásios poderem reabrir lidando com a pandemia. "Não se pronunciaram sobre medidas concretas, mas disseram-nos que não havia nenhuma divergência de fundo com as que tínhamos apresentado", refere.