No primeiro trimestre de 2020 o banco público atingiu um resultado positivo de 86,2 milhões de euros, menos 31,6 por cento face a igual período de 2019. O presidente da Caixa, Paulo Macedo, sublinha que este resultado decorre também do reforço da imparidade de crédito e provisão para garantias bancárias no montante de 60 milhões de euros em antecipação dos efeitos expectáveis da crise económica.
Este resultado equivale a um 'Return On Equity' (que permite aferir da capacidade da instituição remunerar o capital investido ) de 4,5 por cento, uma descida de 2 pontos percentuais face ao registado nos primeiros três meses do ano passado.
A qualidade do crédito melhorou, os custos de estrutura mantiveram a trajetória descendente, mas a margem financeira caiu 1,9 por cento, apesar do comportamento positivo das comissões, que aumentaram 1,9 por cento, e do decréscimo de 4por cento nos custos de estrutura, em termos consolidados.
Os recursos totais de clientes cresceram 1,4 por cento mas o total de crédito concedido caiu 7,1 por cento, apesar do crédito a empresas ter tido um crescimento marginal de 0,1 por cento. O rácio de crédito não produtivo (NPL) reduziu-se para 4,5 por cento, convergindo positivamente com a média registada pelos bancos europeus .
Os rácios de capital do banco público estão acima do exigido. o rácio de capital core (CET1) foi de 16,6 por cento e de 19,2 por cento no capital total.
Paulo Macedo sublinhou numa breve apresentação que a Caixa , seguindo a recomendação do BCE , irá propor em assembleia gera, onde o Estado é o único accionista , não distribuir dividendos relativos a 2019, sendo os mesmo na casa dos 300 milhões de euros absorvidos para reservas.
A CGD tem uma situação muito confortável ao nível da liquidez, refere o administrador José Brito, referindo que o banco público tem uma ampla capacidade de financiamento em ativos elegíveis junto do BCE na ordem de 18 mil milhões de euros.