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Economia

Durante o seu mandato, Carlos Costa deu €3,3 mil milhões em dividendos ao Estado. Centeno ficou com mais de dois terços

Dos quatro ministros com quem Carlos Costa trabalhou, Mário Centeno foi provavelmente aquele com quem teve pior relação. Mas foi precisamente Centeno o que mais dividendos encaixou com a gestão do Banco de Portugal

ANDRÉ KOSTERS

Quando deixou o papel de funcionário do Banco de Portugal para passar a liderar o Ministério das Finanças, Mário Centeno não se coibiu de criticar o trabalho feito por quem tinha sido seu governador, Carlos Costa. Ainda hoje em dia, por exemplo, é um feroz opositor do trabalho feito pelo supervisor no acompanhamento ao Banco Espírito Santo e ao Novo Banco. Mas, ainda assim, Centeno pode agradecer ao número um da supervisão bancária portuguesa uma ajuda superior a 2 mil milhões de euros nos últimos cinco anos. Foi este o montante distribuído em dividendos ao Estado pelo Banco de Portugal entre 2015 e 2020.