O empréstimo de 850 milhões de euros que os cofres públicos fizeram ao Fundo de Resolução, para capitalizar o Novo Banco, e que foi realizado sem ter sido dado conhecimento imediato a António Costa, vai desencadear uma nova auditoria à instituição bancária. Contudo, neste momento, continua por chegar outra auditoria que está a ser realizada desde o ano passado, por conta dos 850 milhões de euros emprestados em 2019.
Na semana passada, os contribuintes portugueses emprestaram 850 milhões de euros ao Fundo de Resolução, o veículo que funciona junto do Banco de Portugal e que é dono de 25% do capital do banco. Esta é a tal transferência que foi realizada pelo ministério liderado por Mário Centeno e da qual António Costa não foi informado, levando-o a admitir que se enganou no Parlamento.
Este empréstimo serve para que o Fundo consiga cobrir o estrago causado pelos créditos tóxicos do banco no ano passado, e que contribui para a injeção de 1.035 milhões (o valor inicial era de 1.037 milhões, mas o Fundo de Resolução decidiu abater a este montante os 2 milhões de euros atribuídos em bónus aos gestores).
Só que desde o início do ano passado que a entrada de dinheiros estatais em instituições de crédito traz consigo obrigações para o Governo.