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Economia

Centeno vai fazer o teste do BVerfG no leilão de dívida a 13 de maio

Depois do ultimato lançado ao BCE pelo Tribunal Constitucional germânico (BVerfG na abreviatura em alemão) a 5 de maio, a agitação regressou ao mercado da dívida. Portugal faz o 'teste' do veredicto alemão na colocação de dívida na quarta-feira

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O ultimato lançado ao Banco Central Europeu (BCE) pelo Tribunal Constitucional alemão marcou a semana nos mercados da dívida da zona euro.

Os juros das obrigações foram 'sensíveis' a mais este surto de problemas na zona euro, com os juízes do Constitucional alemão a colocar, pela primeira vez, em cheque a independência do BCE na execução da política monetária.

As variações nos juros, apesar de estes continuarem em níveis historicamente baixos, afetam o plano de financiamento do Estado português, em particular no quadro da maior crise económica desde o 25 de abril.

Mário Centeno, em entrevista à RTP na quinta-feira, sublinhou que Portugal "não tem por que temer [uma crise de financiamento]" e que "não fomos sinalizados no mercado como problema".

Ao contrário de Itália que já registou um corte no rating e sofreu surtos de subida dos juros nos últimos meses. Ou de Espanha, em que muitos analistas já apontam a economia nossa vizinha como a principal candidata a um resgate pela próxima linha de crédito especial do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). Risco que Portugal não partilhará, segundo o ministro das Finanças na entrevista à RTP: "Não temos sinal nenhum de que tenhamos necessidade de a ele recorrer, ainda que seja um seguro".