O Conselho das Finanças Públicas considera que o cenário macroeconómico subjacente à proposta de Orçamento do Estado para 2020 “afigura-se como o mais provável na evolução do PIB e da maior parte das suas componentes”.
Convém notar que a equipa de Mário Centeno está menos otimista quanto ao crescimento da economia portuguesa em 2020. Em outubro, o esboço orçamental para 2020 submetido à Comissão Europeia previa uma aceleração de 1,9% em 2019 para 2% em 2020. Agora, no OE 2020 a meta é de 1,9% para 2020, tal como em 2019.
Segundo o Conselho das Finanças Públicas, destaca o facto de novo cenário macroeconómico apontar agora para a manutenção do ritmo de crescimento da atividade económica face ao ano anterior: “No cômputo geral, este cenário não difere significativamente das projeções para a economia portuguesa das instituições de referência, não obstante a previsão de crescimento do PIB real e da formação bruta de capital fixo em 2020 ligeiramente mais elevados”.
A entidade liderada por Nazaré Costa Cabral alerta ainda que os riscos associados ao cenário são descendentes e sobretudo de natureza externa, “decorrendo da incerteza que persiste no panorama económico internacional e da manutenção das tensões comerciais que têm sido prejudiciais para o crescimento dos principais parceiros comerciais de Portugal, aliados à vulnerabilidade da economia portuguesa a choques externos”.