Fiel aos seus predicados, Marques Mendes marcou a sua presença no VII Encontro Fora da Caixa E=MC2 com uma previsão lançada perante os gestores e políticos que se juntaram para assistir à mais recente edição do ciclo de conferências que ao longo dos últimos dois anos tem sido organizado pela CGD com o apoio do Expresso.
“António Costa vai conseguir um grande número até ao final deste ano”, começou por dizer. As “empresas vão ter novos benefícios fiscais já no próximo orçamento” com o anúncio de um novo acordo de concertação social. A novidade foi contada no Centro de Congressos do Arade, no concelho de Lagoa, onde se discutiu a economia da região no contexto da evolução económica que o país tem vivido nos últimos anos.
“O Algarve precisa de um desenvolvimento em termos de acessibilidades”, garantiu o presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo. E só assim poderá beneficiar dos esforços que os seus empresários e instituições têm feito para alargar a diversidade económica.
A “Atratividade e Competitividade do Algarve Multissectorial” foi o tema que serviu de ponto de partida para as conversas da tarde e o presidente da Enolagest/Garvetur, Reinaldo Teixeira, considera que um dos primeiros passos é “implementar práticas e políticas” para que as pessoas se fixem mais na região. Num debate que contou também com Paulo Sousa, presidente do conselho médico do Grupo Hospitalar Particular do Algarve, o sócio-gerente da António Raiado, António Raiado, destacou a “tecnologia enquanto criador de valor”, enquanto Francisco Cary, administrador executivo da CGD, falou da necessidade de criar atividades “complementares à volta do turismo.”
Apesar do desenvolvimento económico e social registado nos anos mais recentes, o sócio-gerente da Sopromar Centro Náutico, Hugo Henriques, diz que “há sempre espaço para melhorar.” Como explicou o economista José Félix Ribeiro, "as economias têm que se reinventar periodicamente porque o mundo muda muito." E Portugal corre para acompanhar esse processo.