"O aeroporto de Lisboa tem limitações de crescimento. Não conseguimos colocar mais voos porque não há slots. No inverno temos aproveitado as faixas horárias que ainda têm disponibilidade", afirmou hoje José Lopes, diretor geral da EasyJet. Uma questão que deverá ser resolvida com as obras no aeroporto Humberto Delgado, que deverão arrancar ainda este ano, conforme noticiou o Expresso na edição de sábado e levarão ao encerramento dos voos noturnos a partir de janeiro e durante meio ano. O fecho do aeroporto servirá para fazer obras de alargamento do espaço de estacionamento e taxyway (faixas de saídas rápidas).
As companhias áreas vão ter de reajustar os seus voos, já que não conseguem aterrar nem levantar voos entre as 23h30 e as 06h30. "A probabilidade de um voo chegar depois do aeroporto estar fechado é enorme. Esperemos que não existam demasiados eventos a atrasar voos e a complicar a situação", afirmou José Lopes. Os voos que chegarem depois desta hora têm de ser desviados para outros aeroportos, explicou. "São as dores de crescimento até haver mnaior capacidade no aeroporto, o que esperemos aconteça no verão de 2021", acrescentou o gestor.
"Tivemos que tentar ajustar aos slots, alguns voos conseguimos ajustar outros tiveram de ser cancelados", esclareceu. Serão cancelados voos numa única rota, a que liga Lisboa ao aeroporto de Lile, em França.
José Lopes durante a conferência de imprensa tentou evitar questões sobre o aeroporto do Montijo, mas acabou por fazer algumas declarações. "Tudo o que permita ter alternativas é relevante", admitiu José Lopes. Mas acrescentou: "A EasyJet tem no seu ADN voar para aeroportos principais".
"O Montijo é um projeto integrado de crescimento", frisou José Lopes. "Sem Montijo a Portela não cresce", sublinhou. O agora aeroporto Humberto Delgado irá beneficiar de um investimento de 650 milhões de euros, e o do Montijo de 450 milhões de euros.