O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas decidiu impugnar os serviços mínimos decretados pelo governo, mas vai cumprir tudo o que foi definido pelo executivo liderado por António Costa até haver uma decisão do tribunal. A garantia foi dada ao Expresso por Pardal Henriques, representante legal e vice presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).
"Os motoristas respeitam e respeitarão sempre a lei", diz Pardal Henriques, admitindo, assim, que os serviços mínimos serão cumpridos mesmo que a decisão do tribunal chegue depois de dia 12, a data marcada para o início da greve.
O representante do SNMMP considera que o que o governo fez nesta matéria, ao definir serviços mínimos de 50% a 100%, "é um atentado aos trabalhadores" e prova que "vivemos numa ditadura". Assim, além do pedido de impugnação do decreto dos serviços mínimos o sindicato decidiu, também apresentar uma queixa no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Ao mesmo tempo, numa mensagem publicada nas redes sociais, o advogado já deixou um apelo direto aos motoristas: “Recusem trabalho suplementar.”
Mas "o trabalho suplementar não está previsto nos serviços mínimos", "há limites fixados para as horas extraordinárias que já foram ultrapassados" e "neste momento os motoristas já fizeram mais dos dobro das 200 horas anuais previstas legalmente", explica.
O Governo também decidiu alargar a rede de emergência de postos de combustíveis. Veja aqui onde pode abastecer o depósito.