A greve dos motoristas, com início previsto para segunda-feira, já fez soar as campainhas de alerta na indústria do vestuário, onde todos acreditam que "atrasos na entrega de encomendas significa perda de clientes para o sector". E esse é um "risco iminente", já identificado pela ANIVEC/APIV - Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção, com muitas encomendas para entregar este mês a clientes de todo o mundo.
"Esta greve irá coincidir com a aproximação do encerramento para férias da maioria das empresas do sector e com um consequente aumento do volume de atividade que tradicionalmente se verifica nesta altura do ano para dar resposta às encomendas dos clientes", diz a ANIVEC, liderada por César Araújo, expressando uma preocupação comum a outras fileiras industriais.
Num sector exportador, com mais de 110 mil trabalhadores e cinco mil empresas que encerram na sua maioria na terceira semana do ano, "tal greve provocará um cenário de grande instabilidade" e, apesar de não quantificar o impacto da paralisação dos motoristas, a direção da ANIVEC garante que haverá "incomensuráveis prejuízos".