Economia

Antigo BES Angola nas mãos da Sonangol

Petrolífera angolana passa a controlar 70,378% do capital do Banco Económico, passando a nomear a maioria dos membros da comissão executiva.

O Banco Económico, que em 2014 sucedeu ao BES Angola, então detido em 51,94% pelo Banco Espírito Santo, passa a partir de agora a ser controlado maioritariamente pela Sonangol.

Esta decisão foi aprovada esta quarta-feira pela assembleia geral que caucionou um aumento de capital para 1.200 milhões de dólares e nomeou para novo presidente da Comissão Executiva o economista João Quinta.

Na base desta alteração, segundo apurou o Expresso, estaria a necessidade “imperiosa de cumprimento dos rácios de solvência decorrentes de imparidades da carteira de crédito.”O Novo Banco, detentor de 9%, anunciou a impossibilidade de acompanhar o aumento do capital por “limitações regulamentares”. Por outras razões, o mesmo sucederá com a Geni, detida pelo general Leopodino Nascimento, que atualmente tem 20%.

Já a Letktron, pertencente a Manuel Vicente, ex-vice presidente de Angola, e ao general Hélder Vieira Dias, “Kopelipa”, antigo chefe da Casa Militar da Presidência, confrontada com um aumento de capital na ordem de mais de 500 milhões de dólares, optou por abandonar a estrutura acionista do banco.

Indicado pela Sonangol, João Quintas substitui Pedro Cruchinho, o português do Novo Banco que até então dirigia a instituição. Ao deter 70,378% do capital do banco, a petrolífera angolana nomeou a maioria dos membros da Comissão Executiva.

O antigo Ministro da Economia, Pedro Fonseca, será o Presidente do Conselho de Administração e Hermínio Escórcio, que fora embaixador de Angola na Argentina e ex-director geral da Sonangol, exercerá as funções de Presidente da Assembleia Geral.