O governador do Banco de Portugal entre 2000 e 2010 afirma não ser verdade "ter omitido informações à Assembleia da República". Numa nota de esclarecimento, Vítor Constâncio afirma também que é igualmente "falsa" a notícia desta sexta-feira segundo a qual teria participado na autorização de uma operação de crédito concedida pela CGD ao grupo Berardo .
E esclarece que "o Banco de Portugal apenas teve de não objectar a que o referido Grupo ultrapassasse a percentagem de 5% que o caracterizaria como accionista qualificado do BCP". "Quando essa decisão foi tomada, já estava assinada a operação de crédito pela CGD e, como expliquei correctamente na Assembleia da República, o Banco de Portugal não tem competência para ter conhecimento de operações de crédito antes de serem decididas pelos bancos, nem muito menos competência para as mandar anular".
Sublinhando que foi o que "esclareci na AR, onde não se abordaram questões sobre autorização de participações qualificadas". "Pelo que nada foi omitido da minha parte."
Constâncio nada diz sobre o facto de o Banco de Portugal ter tido conhecimento sobre os detalhes do financiamento da CGD a Joe Berardo, como uma das cartas trocadas entre a Fundação Berardo e o Banco de Portugal faz alusão.