Economia

BCP lucra 153,8 milhões de euros no primeiro trimestre

Ganhos do banco liderado por Miguel Maya aumentam 80% face ao primeiro trimestre de 2018. Os lucros com a atividade doméstica mais do que duplicaram para 94 milhões de euros

Miguel Maya, presidente executivo do BCP

O BCP registou um lucro consolidado de 153,8 milhões de euros nos primeiros três meses do ano. Um resultado que se deve sobretudo ao negócio em Portugal. De janeiro a março, o negócio do banco liderado por Miguel Maya em Portugal teve proveitos de 94,3 milhões de euros quando, em igual período de 2018, tinha registado um contributo de 44,5 milhões de euros.

A atividade internacional contribui com 46 milhões de euros, registando um aumento de 12% face a igual período do ano passado. Para esta evolução contribui a diminuição de imparidades e provisões e o aumento do resultado em operações financeiras.

As contas do banco apresentadas esta quinta-feira revelam um decréscimo de 20% nas imparidades e provisões de crédito. A redução dos NPE [non performing loans] foi de 1,9 mil milhões de euros face a igual período de 2018, ao mesmo tempo que se verificou um reforço da cobertura dos NPE por imparidades para 55%. O stock de NPE (crédito não produtivo) diminui de 7,1 mil milhões para 5,2 mil milhões de euros no período em análise.

A alienação de títulos de dívida publica em operações financeiras ascendeu a 60,3 milhões de euros, o que correspondeu a um aumento de 75% face a igual trimestre de 2018.

O crédito a clientes em termos consolidados registou um aumento de 2,2% e os recursos totais um crescimento de 5,1%. Atendendo aos indicadores relativos apenas à actividade doméstica, os recursos cresceram 5% no período em análise. Já o crédito concedido registou um decréscimo de 1,8%. Neste segmento, a atividade internacional registou um melhor desempenho com o crédito a crescer 8,4%.

Já a margem financeira (diferença entre os juros cobrados e juros pagos) registou um crescimento de 5,2%. Para isso contribuiu positivamente a redução do custo do financiamento. Só na atividade em Portugal a margem financeira cresceu 1,8%

As comissões liquidas consolidadas decresceram 0,7% mas as comissões bancárias registaram um aumento de 2,5%. No negócio em Portugal as comissões cresceram 1,7% com as comissões bancárias subirem 5,1%.