Os bancos voltaram este ano ao pagamento de dividendos, referentes aos resultados de 2018. Se o Santander foi sempre dando dinheiro à casa-mãe espanhola — e volta a repeti-lo este ano —, a CGD, BPI e BCP só voltaram agora à remuneração acionista. Desde o início da crise da dívida que não o faziam. Juntos, os quatro bancos dão €865 milhões aos seus donos.
Um valor que, somado ao das 16 empresas que integram o índice PSI-20 (excluindo o BCP, que já está incluído nas contas dos bancos e a Pharol, que não paga dividendos), totaliza €3,2 mil milhões. São montantes brutos, antes do pagamento de impostos.
A EDP e a Galp são as mais generosas com os seus acionistas, logo seguidas pelo Santander. São elas que dão mais dinheiro aos seus donos, em termos absolutos.
Contudo, isso não quer dizer que sejam as que dedicam a maior parte da sua remuneração aos acionistas: por exemplo, a Nos paga mais em dividendos do que o resultado obtido. O banco de capitais espanhóis também entrega à casa-mãe a quase totalidade dos lucros registados em 2018.
No sentido inverso, os CTT e a Ibersol são os que menos remuneram os seus acionistas, em montante bruto. Apesar de os correios darem bem mais dinheiro do que a empresa de restauração, a verdade é que o dividendo por ação é o mesmo: 10 cêntimos. O que se explica pelo facto de os CTT terem mais ações a representar o seu capital (e a remunerar) do que a Ibersol.