Mais de 56% dos acionistas da EDP votaram em Assembleia Geral contra o fim do limite de votos de 25% na empresa, cuja eliminação era uma das condições da China Three Georges para avançar com a oferta de aquisição da EDP.
Na assembleia geral desta tarde, em Lisboa, a proposta que eliminava o limite de votos teve 56,6% de votos contra, quando precisava de 66,6% de votos a favor para produzir efeitos.
Lançada há 11 meses, com um preço de 3,26 euros por ação, a OPA da China Three Gorges sobre a EDP não tinha ainda conseguido as autorizações regulatórias que a própria CTG definiu como condições para prosseguir com a oferta.
"A não obtenção do suporte acionista para desblindar a EDP dita agora o fim da operação, isto depois de a CMVM ter dado à empresa chinesa um prazo de 45 dias para terminar a operação, caso a desblindagem dos estatutos da EDP fosse aprovada na assembleia geral".
A assembleia geral desta quarta-feira foi a menos participada desde 2011, tendo tido presente pouco mais de 65% do capital da EDP (em 2018 a participação tinha ascendido a 69,5%).
O ex-presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, Eduardo Catroga, recusou-se a explicar o não dos acionistas. "Não faço comentários", disse Catroga ao Expresso.
Já António Mexia diz estar tranquilo sobre o futuro da EDP.