Economia

Aviões interrompem voos e param em Espanha para encher os depósitos

De forma a poderem prosseguir os seus itinerários depois de aterrarem em Portugal, alguns voos de companhias como a EasyJet ou a Ryanair estão a fazer paragens em Espanha, nomeadamente no aeroporto de Santiago de Compostela. A escassez de combustíveis está a afetar também várias bombas de gasolina em todo o país

PHILIPPE HUGUEN/Getty

Os controladores aéreos espanhóis informaram, através da rede social Twitter, que pelo menos um voo da Ryanair fez escala em Santiago de Compostela para abastecer os seus depósitos, de forma a não ficarem dependentes da situação de escassez de combustíveis que desde segunda-feira à noite está a afetar os aeroportos e as bombas de gasolina em Portugal.

A ideia é as de que possam prosseguir com as rotas traçadas, depois de aterrarem nos aeroportos portugueses. Mas há também informações que mostram que voos da Aer Lingus e da EasyJet também se desviaram um pouco das suas rotas de forma a abastecer na cidade espanhola.

Também a TAP anunciou ao início da tarde que já desenhou um plano de contingência para limitar ao máximo o impacto da greve dos motoristas de mercadorias perigosas nos seus calendários de voo. “Apesar de ser alheia à greve dos transportes de mercadorias perigosas, em Portugal, a TAP elaborou um plano de contingência para, dentro das suas possibilidades, limitar ao máximo o impacto desta greve nos voos e nos clientes”, disse fonte oficial da transportadora à agência Lusa.

Um avião da Easyjet que estava previsto sair de de Faro às 17h05 com destino a Berlim parou em Sevilha para abastecer combustível, de acordo com informações recolhidas pelo Expresso junto da companhia aérea.

O governo impôs entretanto a requisição civil dos camionistas de matérias perigosas para garantir que os grevistas são obrigados a cumprir os serviços mínimos. Ao fim da tarde de terça-feira alguns camiões cisterna saíram da refinaria de Aveiras, escoltados pela polícia, para abastecer os locais que mais precisam de combustível - aeroportos e hospitais estão no topo da lista mas, questionadas pelo Expresso, nem a PSP nem a GNR, forneceram o itinerário dos camiões.