José Araújo e Silva, que foi administrador da Caixa Geral de Depósitos entre 2007 e 2010, abandonou a administração do Eurobic a meses de terminar o mandato, que acontece no final deste ano. A renúncia, noticiada pelo Eco, data de 31 de março, tendo sido já oficializada no portal de justiça.
Araújo e Silva esteve na equipa da CGD presidida por Fernando Faria de Oliveira, tendo sido colega de Norberto Rosa e Pedro Cardoso, os dois nomes relativamente aos quais o Banco de Portugal levantou dúvidas quando foram candidatos a administração de bancos (BCP e Bison Bank, respetivamente) no último ano.
Este é um dos períodos analisados pela EY na auditoria aos atos de gestão do banco público, que se estende a 2000 a 2015, um documento que está a ser agora escrutinado na terceira comissão parlamentar de inquérito ao banco público.
O antigo gestor era um dos sete nomes para os quais o Banco de Portugal olhou para decidir se fazia sentido abrir uma reavaliação da sua idoneidade à luz dos factos descobertos pela auditoria da EY. Aliás, a não aceitação das candidaturas de Norberto Rosa e Pedro Cardoso deveu-se a esse relatório.
No caso de Araújo e Silva, não se candidatava a nenhum cargo no Eurobic – já aí estava. O mandato para o qual foi eleito estendia-se de 2016 a 2019. Terminava no final deste ano. Só que acabou por sair quando é noticiada a averiguação do Banco de Portugal.
Ao Eco, o banco respondeu que não tinha qualquer indicação do supervisor sobre dúvidas da candidatura.