Economia

Governo vê a economia a abrandar e está mais pessimista quanto ao desemprego

O Governo prepara-se para rever em baixa as previsões de crescimento económico para 2019, de 2,2% para 1,9%, e para rever em alta as previsões do desemprego, de 6,3% para 6,6%, mantendo as metas do défice nos 0,2%, avança o Eco

As previsões do crescimento económico para Portugal em 2019 preparam-se para ser revistas em baixa pelo Governo, passando dos 2,2% inscritos no Orçamento do Estado para 1,9% - ao mesmo tempo que a taxa de desemprego será revista em alta, dos esperados 6,3% para 6,6%, segundo avança esta quarta-feita o Eco.

Apesar de assumir que este ano irá haver um menor crescimento económico e uma maior taxa de desemprego, Mário Centeno irá manter as metas do défice para 2019 nos 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

As previsões mais otimistas do Governo quanto ao crescimento económico vão ficar mais arrefecidas no documento que irá enviar ainda este mês a Bruxelas para integrar a atualização do Programa de Estabilidade. O Eco adianta também que além do efeito de abrandamento da economia em 2019, as contas a enviar a Bruxelas são mais complexas devido a outras pressões orçamentais, designadamente a necessidade de viar a injetar mais capital no Novo Banco, conforme ficou expresso no acordo de venda do ex-Banco Espírito Santo.

Relativamente ao desemprego, é a primeira vez que o Governo revê esta taxa em alta desde que tomou posse. Ainda assim, os 6,6% que resultam das metas mais arrefecidas do Governo representam uma melhoria face aos valores do ano passado, em que o número de desempregados relativamente à população ativa atingiu 7%, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).