O quadro de pessoal da Caixa Geral de Depósitos na sua atividade em Portugal voltou a emagrecer em 2018: 646 postos de trabalho que foram extinguidos na instituição financeira de capitais públicos no ano passado.
O banco sob o comando de Paulo Macedo terminou o ano com 7.675 trabalhadores, uma diminuição de quase 8% em relação aos 8.321 funcionários que estavam na folha salarial em 2017. Segundo explicou o presidente da CGD, deu-se a saída de 720 trabalhadores, a par da entrada de 64 funcionários, o que resultou no saldo líquido de 646 colaboradores.
Este comportamento acompanhou a diminuição ao longo do ano (mais precisamente, no primeiro semestre) de 65 agências, para um total de 522 balcões. “Número de colaboradores e agências evoluem em linha com o plano estratégico” é o que o banco diz em relação a estes dois temas.
A diminuição é uma das exigências acordadas pelo Estado para a CGD no âmbito do plano estratégico negociado com a Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia para compensar a capitalização que envolveu 3,9 mil milhões de euros estatais em 2017.
Até 2020, ano do fim do plano, há mais redução de pessoal a fazer. Até lá, o banco público sabe que tem de ter um quadro com 6.650 funcionários (são mais de 1.000 aqueles que tem de reduzir ainda) e uma rede de 480 balcões. Paulo Macedo acredita que as saídas continuarão através de rescisões por mútuo acordo e pré-reformas, como até aqui.
A diminuição de custos é um dos caminhos que a CGD tem de seguir para a melhoria das contas: Os custos de estrutura cederam 9,3% para 1.001 milhões de euros no ano passado, uma quebra que ajudou a que os lucros do banco se tivessem fixado nos 496 milhões em 2018.
Para os próximos dois anos (2019 e 2020), a Caixa ainda tem uma provisão de cerca de 180 milhões de euros para gastar nas rescisões e pré-reformas. Até aqui, já esgotou mais de 50 milhões.