Depois de uma quinta-feira em que perderam 1,6%, segundo o índice MSCI respetivo, as bolsas europeias abriram esta sexta-feira no vermelho pela terceira sessão consecutiva.
A liderarem as quedas nas principais praças financeiras europeias, os índices Dax de Frankfurt e MIB de Milão com recuos acima de 1,7%, pelas 10 horas (hora de Lisboa).
A bolsa de Lisboa segue a tendência europeia, com o índice PSI 20 a perder 1,2%. Este índice está a cair pelo terceiro dia consecutivo, com uma perda acumulada de 2,5%. A pressionar a queda lisboeta, os títulos da Sonae e da Jerónimo Martins que recuam 1,8%.
Os mercados financeiros na “região” da Ásia Pacífico já fecharam com o índice MSCI respetivo a cair, de novo. Na quinta-feira, esse índice perdeu 0,57%. Esta sexta-feira a liderar as quedas, o índice Hang Seng da bolsa de Hong Kong que caiu 1,3%. Em Tóquio, o índice Nikkei 225 perdeu 0,4% e, em Xangai, o índice composto recuou 0,3%.
A Europa é a “região” a registar o pior desempenho em junho. Os principais focos de stresse atual centram-se nesta região, com os riscos relacionados com o desfecho do referendo britânico, as eleições espanholas e a crítica crescente às políticas monetárias do Banco Central Europeu (BCE).
Já esta sexta-feira, Jens Weidmann, o presidente do Bundesbank, na abertura da conferência de primavera do banco central alemão, fez eco do "nervosismo crescente" dos gestores de ativos financeiros em relação à política monetária que tem sido seguida. Esta semana, o jornal alemão "Handelsblatt" referia as críticas muito duras ao BCE por parte do economista-chefe do Deutsche Bank. David Folkerts-Landau disse que "quanto mais tempo durar esta política monetária, maior derá o clamor e a perda de paciência de países como a Alemanha".
O índice MSCI respetivo perdeu 1,7% nas duas últimas sessões e, até ao fecho de quinta-feira, registava uma variação nula desde início do mês, face a ganhos de 3,66% para o conjunto dos mercados emergentes, 1,9% para a Ásia Pacífico e 0,92% para os Estados Unidos.