ARQUIVO Crise nas bolsas

Wall Street arrastada para mínimos de mais de cinco anos

Particularmente penalizados foram os títulos do sector petrolífero, devido à quebra do preço do crude, mas também o sector bancário e a indústria farmacêutica viram as suas perspectivas enublarem-se.
Os mercados accionistas norte-americanos fecharam hoje em forte quebra, em mínimos de mais de cinco anos, com os receios de uma recessão global a acentuarem-se devido aos fracos resultados apresentados por empresas de referência.

O Dow Jones industrial caiu 514,45 pontos, 5,69 por cento, para 8.519,21 pontos, enquanto o índice tecnológico Nasdaq Composite Index recuou 80,93 pontos, 4,77 por cento, para 1.615,75 pontos, mínimo desde Junho de 2003.

O mais alargado Standard & Poor's 500 perdeu 58,27 pontos, 6,10 por cento, para 896,78 pontos, o nível mais baixo desde Abril de 2003.

Particularmente penalizados foram os títulos do sector petrolífero, devido à quebra do preço do crude, mas também o sector bancário e a indústria farmacêutica viram as suas perspectivas enublarem-se com os primeiros resultados trimestrais a ficarem aquém das previsões dos analistas e a serem acompanhados de previsões pouco optimistas para os próximos trimestres.

O banco Wachovia, em vias de ser comprado pelo Wells Fargo, teve um prejuízo trimestral de 23,9 mil milhões de dólares (18 mil milhões de euros), o maior anunciado por uma instituição bancária durante a actual crise financeira.

O prejuízo por acção, excluindo itens extraordinários, foi de 2,23 dólares, sobretudo devido a desvalorização de activos, cerca de oito vezes o que indicava a média dos analistas que acompanham a empresa (27 cêntimos).

A farmacêutica Merck também esteve entre as principais descidas do dia, depois de ter anunciado uma quebra de 28 por cento nos seus lucros, que vai obrigar ao despedimento de um décimo da sua força laboral.