O alemão Sebastian Vettel (Red Bull) animou hoje a luta pelo título mundial de Fórmula 1, ao vencer de forma incontestável o Grande Prémio do Japão, em Suzuka, fazendo sombra a Jenson Button (Brawn-Mercedes) a duas provas do final.
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Vettel, que saiu da "pole position", dominou a 15. prova do Mundial desde o início e cumpriu os 307,471 km (53 voltas) em 1:28.20,443, cortando a meta à frente do italiano Jarno Trulli (Toyota) e do britânico Lewis Hamilton (McLaren-Mercedes), ainda detentor do título.
A única ameaça veio precisamente de Hamilton, cujo arranque lhe permitiu ultrapassar Trulli, mas o alemão defendeu-se bem e as emoções da corrida praticamente terminaram aí, um dia depois de uma agitada qualificação, com vários acidentes e algumas penalizações, nomeadamente ao britânico Button, líder do Mundial, e ao seu companheiro de equipa, o brasileiro Rubens Barrichelo, que caíram cinco lugares na "grelha".
Esperança no título
"Primeiro, tinha que partir bem. Estava confiante de que poderia defender a minha posição e, ao chegar à primeira curva, vi uma 'flecha de prata' (Brawn de Hamilton) à minha esquerda, mas como ia por dentro tinha vantagem", afirmou Vettel.
Ao obter a sua terceira vitória da temporada, Vettel, que nunca perdeu o comando, mesmo nas duas paragens para reabastecimento e mudança de pneus, cumpriu a primeira parte da missão que estabeleceu: ganhar os últimos três grandes prémios da época para manter de pé a esperança de se tornar campeão do Mundo.
"Posso consegui-lo. Felizmente, faltam duas corridas e o melhor é que posso ganhá-las, como hoje", comentou.
Festejo inédito escapa a Button
Button podia festejar um inédito título em Suzuka, mediante uma conjugação de factores que, entre outras coisas, implicavam ficar num dos quatro primeiros lugares, mas cortou a meta em oitavo, último lugar pontuável, atrás de Barrichello, numa corrida em que os Brawn se mostraram bastante menos rápidos do que o Red Bull do alemão.
Com o ponto somado em Suzuka, Button passou a totalizar 85, seguido de Barrichello, com 71, e de Vettel, com 69. Para o germânico, a próxima missão é o Grande Prémio do Brasil, 16. e penúltima prova do Mundial, que se disputa a 18 de Outubro, em São Paulo, mas o título está à mão do inglês.
Com Vettel na frente, o duelo entre Hamilton e Trulli foi o mais interessante da corrida e resolveu-se na segunda paragem nas "boxes", com vantagem para o italiano, que parou mais tarde e fê-lo com margem suficiente para conservar o segundo lugar, enquanto o britânico se debatia, tal como em Singapura, com problemas com o sistema KERS.
Um pequeno bónus para o público nipónico e um segundo pódio consecutivo para a Toyota, depois de Singapura, com o segundo posto de Timo Glock, que ficou fora da corrida de Suzuka na sequência do acidente das qualificações.
Alonso não foi além da 10.ª posição
Ao longo da corrida, a única preocupação de Vettel foi a neutralização da corrida a oito voltas do final, após o acidente do espanhol Jaime Alguersuari (Toro Rosso), que acabou com a sua melhor corrida da época quando rodava em nono.
No entanto, quando o "safty car" abandonou a pista, não se registaram alterações nas posições, notando-se apenas a investida do polaco Robert Kubica (BMW Sauber) sobre Button, na tentativa de chegar aos pontos, mas sem sucesso.
Abaixo do pódio terminou o finlandês Kimi Rikknen, que levou o seu Ferrari ao quarto posto, à frente dos alemães Nico Rosberg (Williams-Toyota) e Nick Heidfeld (BMW-Sauber), enquanto o espanhol Fernando Alonso (Renault), já de contrato assinado com a Ferrari, não foi além do décimo posto.