Em Reguengos de Monsaraz, já decorrem as obras do empreendimento turístico de cinco estrelas que promete "colocar o Alqueva no mapa". Trata-se do projecto que tem José Roquette como accionista de referência, o Parque Alqueva, que contempla investimentos de 1000 milhões de euros em vinte anos. Nesta primeira fase, em 2010, serão investidos 67 milhões de euros na construção do primeiro hotel e campo de golfe.
"Sendo os primeiros, queremos dar o exemplo do que pode ser feito no Alqueva em termos de construção sustentável", salienta José Manuel Belmar, accionista da SAIP (Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações), promotora do Parque Alqueva. "Vamos fazer aqui um projecto com muito carácter, e que seja imitável por outros promotores turísticos".
Belmar frisa que "o sonho dos fundadores do Parque Alqueva começou em 2002, e a ideia de investir numa zona do país como esta, onde não há praia, tem uma dose de risco de quase loucura".
"Terá de haver aqui uma uniformidade como na Toscânia, onde houve um trabalho muito muito bem concebido em termos de associação à qualidade e ambiente natural. Para que esta região do Alentejo não se torne um destino de pára-quedistas como o Algarve", sustenta José Belmar, que também é vice-presidente da Associação de Promotores do Alqueva, que representa promotores de projectos turísticos que no seu conjunto totalizam investimentos de cerca de 2 mil milhões de euros. "O tempo acabaria por nos unir, nesta tentativa de criar uma linguagem única na região".
Além do projecto de José Roquette, também o grupo Sousa Cunhal vai este ano dar início ao seu projecto turístico de luxo, sob a marca L'AND Reserve, envolvendo investimentos de 140 milhões de euros na Herdade do Mercador, em Mourão, com 280 hectares. Já está acordado com a cadeia asiática Banyan Tree a exploração do primeiro hotel, que deverá ficar concluído em 2012.
O empreendimento turístico de cinco estrelas na Herdade São Lourenço do Barrocal, em Reguengos de Monsaraz, vai avançar em 2010 com as obras de infraestruturas, promovido pela proprietária, Maria do Carmo Martins Pereira, após a saída do projecto da Aquapura devido às dificuldades financeiras desta empresa de Diogo Vaz Guedes, António Mexia e Simões de Almeida. O projecto prevê investimentos de 90 milhões de euros nesta herdade com 778 hectares.