"O céu sobre os ombros", documentário premiado do realizador brasileiro Sérgio Borges tem hoje a sua estreia nacional na Casa das Artes, pelas 21h30.
A narrativa de "O céu sobre os ombros" acompanha alguns dias na vida de três personagens anónimas, comuns. Everlyn é uma transexual que fez o seu mestrado em torno dos diários de um hermafrodita do século XIX, e viaja entre a prostituição e os cursos de sexualidade que ministra.
Murari é um devoto da religião Hare Krishna e líder da claque organizada do atlético mineiro. lwei é africano, descendente de portugueses e escreve vários livros ao mesmo tempo, sem ter concluído nenhum deles. Histórias inventadas pela vida, de pessoas que se balançam entre o quotidiano, o exótico e a marginalidade.
Filme distinguido internacionalmente
O documentário já foi distinguido com vários prémios, entre os quais o de melhor filme, melhor direção, melhor montagem, melhor roteiro e prémio especial do júri no 43º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro; o de melhor filme documentário no 29º Festival Internacional de Cinema do Uruguay; foi também homenageado com o prémio especial do júri no 7º Panorama Internacional de Cinema da Bahia; foi melhor filme no 7º Festival das ilhas Açores, e ganhou o prémio de distribuição em Portugal na 3ª Semana dos Realizadores.
"O céu sobre os ombros" é a primeira longa-metragem de Sérgio Gomes, criador de obras audiovisuais desde 1996. É autor dos livros "O guerrilheiro nuclear e o pacifista a conversar" e "Solar". Realizou exposições fotográficas e de artes plásticas. É um dos sócios fundadores da TEIA, centro de pesquisa e produção audiovisual situado em Belo Horizonte, Brasil.
A sessão de hoje da Casa das Artes será apresentada por Américo Santos, diretor do Festival de Cinema Luso-brasileiro de Santa Maria da Feira desde a sua criação.
Porque é uma estreia, haverá uma reposição "O céu sobre os ombros" na sexta-feira, dia 7, à mesma hora.