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Cinema

Festival de Veneza: de Yorgos Lanthimos a Michael Mann ou Luc Besson, nomes grados não desiludem; comédia Pablo Larraín não convence

O Expresso está a acompanhar a 80ª edição do Festival de Veneza. Leia a análise do crítico Jorge Leitão Ramos aos filmes já apresentados

Os produtores Juan de Dios Larrain e Rocio Jadue com os atores Paula Luchsinger, Gloria Muenchmeyer e Alfredo Castro, acompanhadados pelo realizador Pablo Larrain em Veneza
YARA NARDI/Reuters

Abriu com chuva e vento, tempestade, a fazer do Lido um posto lúgubre - e não merecia. A edição 80 da Mostra Internazionale d’Arte Cinematografica, de Veneza, bem justifica o dourar do sol que, nos dias posteriores felizmente rompeu a acompanhar uma programação que tem sido muito forte.

Claro, o filme inicial - “Comandante”, de Edoardo De Angelis - um ‘kolossal’, na gíria transalpina, não poderia almejar a mais que a uma severa dignidade, no tema, como na confeção. A história de um comandante de submarino italiano, durante a II Guerra Mundial, a recolher náufragos de um navio que ele mesmo mandara afundar porque assim ordena a honra marinheira, filmada com grandes recursos e afinada construção dramática, cumpriu as funções inaugurais. Logo depois começaram a chegar os autores de renome.