Tem todas as características de um melodrama, mas não se nota porque não carrega nas emoções. Fala de afetos perdidos, de relações desfeitas e cresce à medida que a audiência vai conhecendo as personagens e o desenvolvimento das relações humanas. Às vezes é preciso chamar a atenção para filmes como “The Shadowless Tower”, que corre lentamente como um rio, como as coisas da vida, e comove pela sua graça natural, sem forçar a nota. Zhang Lu é um cineasta sino-coreano experiente (mas desconhecido em Portugal), muito influenciado pelo romanesco magoado do coreano Lee Chang-Dong, que aliás é citado diretamente no filme.