O desafio era maiúsculo. A partir de episódios marcantes do longo poema “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, escrito nas duas primeiras décadas do século XIV, o pintor António Carneiro (Amarante, 1872 – Porto, 1930) quis construir um conjunto de desenhos capazes de acompanharem a longa viagem épica e até de alguma forma doutrinária do ponto de vista religioso, contida naquele tesouro da literatura mundial. Não chegou ao “Paraíso”, nem atravessou o “Purgatório”. Ficou-se pelo “Inferno”. Quase quatro dezenas desses desenhos estão agora visitáveis no imenso complexo da Lionesa Business Hub, em Leça do Balio, numa parceria com o Museu Nacional Soares dos Reis e a Associazione Socio-Culturale Italiana Del Portogallo Dante Alighieri. Nicho de empresas onde se encontram diariamente muitas centenas de jovens trabalhadores, o local, diz António Pontes, diretor do museu, “constitui uma excelente oportunidade para chegar a públicos que muitas vezes estão fora da órbita do museu”.
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