Não, não estou apenas fazendo uma tradução possível do título inglês desta exposição; estou afirmando como nesta sua versão portuguesa ele se adequa particularmente bem à entidade promotora do evento, ao espaço, bem como à presença física das peças mostradas e até à relação do público com elas e à fama que daí advém.
A ligação à EDP, produtora e distribuidora de energia, é óbvia, de mais a mais reforçada pela lembrança do 1º prémio EDP Jovens Artistas atribuído em 2000 a Joana Vasconcelos, a ligação a um dos locais escolhidos para a mostra, uma antiga central produtora de energia para Lisboa, é igualmente óbvia. A corrente também é de obras e da energia que delas se desprende, do seu voluntário exagero, na escala, na invasão, digo, na violação do espaço e dos sentidos, no kitsch deliberadamente escolhido e na presença invasora das peças, presença essa particularmente eficaz no interior dos dois espaços da exposição, MAAT Central e MAAT Galeria, o novo edifício à beira Tejo, e bem mais atenuada nas peças no exterior.