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Cultura

Nuno Júdice: “A literatura desapareceu do ensino do Português"

É um dos mais premiados poetas portugueses. Professor de Literatura na Universidade Nova, este homem discreto que foi conselheiro cultural em Paris e diretor do Instituto Camões fala de criação literária, do mundo da edição, de autores, de livros e do ensino na entrevista a Clara Ferreira Alves. Entrevista publicada na Revista Única, do Expresso, a 25 de junho de 2011

Divulgação

Nuno Júdice é um dos mais premiados poetas portugueses, com obra traduzida em várias línguas e publicada em França na coleção Poésie/Gallimard. Publicou romances porque, diz, certas memórias do tempo de estudante e da resistência à ditadura não cabiam em nenhuma outra forma e porque lhe apetecia criar personagens. De 1997 a 2004 foi conselheiro cultural em Paris e diretor do Instituto Camões. Continua a ensinar Literatura na Universidade Nova, onde se doutorou com uma tese sobre Literatura Medieval. É licenciado em Filologia Românica pela Universidade Clássica. Dirigiu até 1999 a revista “Tabacaria”, da Casa Fernando Pessoa, e é o atual diretor da revista “Colóquio-Letras”, da Fundação Gulbenkian. Almoçámos, num canto do restaurante, rolinhos de linguado e um pastel de nata no fim, com café. A ironia tempera a conversa, embora Nuno Júdice seja conhecido pela reserva e pela discreta presença de uma vida consagrada às letras, longe de modas e media.