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“Squid Game” é a série do momento. E a questão que nos coloca é: quanto vale uma vida?

Não é aconselhada a espíritos, ou estômagos, mais sensíveis, mas os admiradores da crueza do terror asiático nem vão pestanejar. “Squid Game” é a nova série blockbuster da Netflix. O jogo, esse, é moral

Noh Juhan | Netflix

Da animação ao horror, ou ao erotismo, o cinema e a televisão asiáticos, particularmente japoneses e coreanos, sempre penderam para histórias inquietantes e incómodas. Pelo menos aos olhos de um ocidente habituado a enredos hollywoodescos, mais polidos, nos quais é sempre demasiado fácil identificar heróis e vilões. As cabeças saltitantes de “A Viagem de Chihiro” (2001), ou tantas outras personagens criadas por Hayao Miyazaki, poderão ter divertido crianças japonesas, mas assombraram, certamente, os sonhos de muitas espalhadas pelo mundo. A crueza com que Nagisa Oshima filmou “O Império dos Sentidos” (1976), recorrendo a coisas tão simples quanto um ovo cozido ou um pássaro de madeira, terá moldado, de forma um tanto ou quanto perversa, a sexualidade de toda uma geração.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.