Viveu pouco, mas intensamente e conseguiu o que toca aos eleitos: deixar marcas da sua passagem. Jean Moulin nasceu em 1899 e em 1943 já tinha morrido. Foi funcionário público e "levou ao limite o seu dever cívico de resistência à catástrofe da guerra". Recusou a ocupação da França, o seu país de origem, pelo exército nazi e fez-se ao caminho.
Neste percurso de múltiplas identidades e destinos, em setembro de 1941 passou por Lisboa, andou pelo Largo Camões, entrou em livrarias, comeu na Trindade e sonhou com a recusa à morte de um ideal de civilização. Regressa agora à cidade que o abrigou incógnito para uma quinzena que lhe é dedicada.