Cultura

O homem que decifrou a pedra da Rosetta já tem um museu

Ao compreender a linguagem dos hieróglifos, Jean-François Champollion lançou a egiptologia, cujas descobertas estão longe de ter terminado

Jean-François Champollion
Ipsumpix/Getty Images

Jean-François Champollion (1790 -1832), o homem que decifrou a pedra da Rosetta, é considerado pai da egiptologia. Apesar da sua importância histórica, não havia até hoje um museu que lhe fosse dedicado. França acaba de preencher essa lacuna, inaugurando um museu Champollion na antiga propriedade familiar do egiptólogo, em Vif, a 15 quilómetros de Grenoble.

A exposição permanente do museu põe em relevo a sua relação com o irmão mais velho, que teve muita influência nas suas investigações. Foi em 1822 que Champollion - um prodígio linguístico que aos vinte anos dominava sete línguas do médio oriente, além do latim e do grego - anunciou ao mundo que tinha conseguido decifrar as inscrições na pedra encontrada (ou, melhor dizendo, reencontrada, nessa altura já estava a ser usada como parte de um edifício moderno) durante a expedição de Napoleão Bonaparte ao Egito em 1799.

O museu agora aberto na propriedade cedida pela família ao Estado contém inúmeros objetos e reconstituições alusivos à história pessoal de Champollion e à da própria egiptologia. A primeira exposição temporária diz justamente respeito a Jean-Claude Golvin, um especialista na reconstituição de locais antigos através da imagem.

O museu fica situado num edifĩcio antigo rodeado por um parque de dois hectares e meio. A entrada é gratuita. Quanto à pedra da Rosetta, encontra-se atualmente no Museu Britânico, em Londres.