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Cultura

Salas voltam a fechar e crise do sector agrava-se. “As novas gerações não são tão chegadas a ir ao cinema como antigamente”

Novo confinamento obriga a encerrar atividades culturais, agravando a tendência das pessoas verem filmes em casa, nomeadamente com recurso ao streaming, e sem a “magia” do grande ecrã. As salas já sofreram no ano passado uma razia de espectadores e, segundo apontam os realizadores de cinema, o surto também está a condicionar as estreia dos filmes que continuam a ser feitos em Portugal
Felix Mooneeram/Unsplash

As salas de cinema vão voltar a fechar, com o novo confinamento decretado a partir de sexta-feira, que será semelhante ao que ocorreu em março. Também os espetáculos e um "número alargado" de atividades culturais terão de parar, com os portugueses sujeitos ao "dever geral" de permanecer em casa. É por um motivo de força maior, e para "tentar travar esta pandemia", conforme frisou o primeiro ministro, António Costa.

Mas a pandemia já trouxe uma verdadeira razia de espectadores às salas de cinema nacionais, onde no ano passado o número de bilhetes vendidos foi quatro vezes mais baixo do que tinha sido no anterior. As salas venderam ao todo menos 11,7 milhões de bilhetes que em 2019, numa quebra de quase 76%, segundo o Instituto do Cinema Audiovisual (ICA), para quem este saldo negro é consequência direta das restrições associadas à covid-19, que afetaram "profundamente o normal funcionamento" das salas de cinema.