Lançada há um ano, a Disney+ tem o melhor rácio de crescimento entre todos os streamers nados e criados nos Estados Unidos. Em agosto, “A Casa do Rato” já reportava um total de 60,5 milhões de subscritores. O salto conseguido entre um momento e o outro dever-se-á a uma conjugação de fatores para a qual contribuem a entrada na Índia, a 5 de setembro, e em mais oito países europeus (Portugal, Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Islândia, Bélgica e Luxemburgo), a 15 de setembro.
Estruturalmente e perante toda a restante concorrência, a Disney+ apresenta a inevitável força e atração combinadas das marcas Disney, Pixar, Marvel, Star Wars, National Geographic, etc., a que se somou o impacto da pandemia para fazer disparar a lista de clientes mundo fora, na medida em que o confinamento da primavera passada alavancou vertiginosamente o entretenimento entre portas e, portanto, a adesão dos espectadores aos serviços de subscrição por streaming.
Só no segundo trimestre do ano, a líder global, Netflix (195 milhões de subscritores), reuniu mais 10 milhões de novos clientes. Pela frente, a Disney + tem agora a entrada em ação na América Latina já a partir da próxima semana, dia 17. E o Brasil, em especial, é historicamente muito ligado às produções da Disney.
Bem vistas as coisas, citando Bob Chapek, CEO da Disney, “até ao final do ano, a Disney+ estará disponível em nove das dez maiores economias do mundo”. Se os efeitos da pandemia acabaram por favorecer a implantação do mais recente grande investimento do conglomerado Disney, na apresentação de contas agora feita ficam bem claros os efeitos nefastos provocados nas outras grandes áreas de negócio.
As receitas dos parques temáticos Disney, nomeadamente a Disneyland, caíram 61% face ao ano anterior. Nas receitas provenientes da box office global com muitas salas fechadas ou com lotações limitadas devido às medidas de distanciamento social, a queda é de 52% no acumulado face a 2019.