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Bernard-Henri Lévy, a entrevista ao Expresso: “É preciso acabar com o discurso do medo”

O filósofo francês esteve na redacção do Expresso para falar com Pedro Mexia sobre o seu mais recente livro, “Este Vírus Que Nos Enlouquece”, que acaba de ser publicado em Portugal. É um ensaio sobre estes tempos estranhos em que vivemos e uma crítica exasperada à maneira como enfrentamos a pandemia. “Confinamento é uma palavra fascista”, disse

Apertar a mão ou não apertar, eis a questão. Numa das suas colunas da revista “Le Point”, Bernard-Henri Lévy tinha-se insurgido contra o fim do aperto de mão, mesmo em tempos de pandemia. Como cumprimentá-lo agora? A questão resolve-se quando B.H.L., como é conhecido, estende a mão a todos os que o vieram receber à entrada do Expresso. Improvável septuagenário, elegante e descontraído, Lévy esteve em Portugal para promover a tradução do recentíssimo “Este Vírus Que Nos Enlouquece” (edição Guerra & Paz), breve ensaio bastante mais “libertário” do que “securitário”. É um texto belicosamente hostil à linguagem da “guerra”, do medo, do distanciamento, formas de servidão voluntária que estão no extremo oposto da imagem de um B.H.L. cosmopolita, viajado, mediático, polémico. E é também um acto de indignação contra os indignados, contra os que viram na covid uma intenção, um castigo, uma mensagem. De modo que nada escapa a esta crítica exasperada à maneira como enfrentamos a pandemia: nem os aplausos à varanda nem os diários do confinamento, nem Fauci nem o Papa.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.