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Cultura

Académicos e Associação de Museologia indignados com escolha da ex-deputada comunista Rita Rato para dirigir Aljube

Críticas à falta de currículo e experiência da ex-deputada comunista incendiaram redes sociais. Irene Pimentel pede que "pluralismo" continue a marcar o conteúdo do museu. EGEAC garante que "visão integrada" de Rita Rato a fez sobressair no concurso

Marcos Borga

A escolha da ex-deputada do PCP Rita Rato para dirigir o Museu do Aljube Resistência e Liberdade está a provocar uma onda de indignação na comunidade académica. Um dia depois de a Lusa ter noticiado que a militante comunista será a próxima diretora do museu, são muitos os historiadores e investigadores - incluindo vários que concorreram ao mesmo lugar - que questionam os critérios para a escolha e lembram que o perfil de Rita Rato não corresponde ao que tinha sido descrito e pedido quando o concurso foi lançado pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC).

As críticas chegam também da Associação Portuguesa de Museologia, que “vai pedir uma consulta dos projetos” para ver “de que forma se evidencia” o de Rita Rato, avança em declarações ao Expresso o presidente, João Neto. “Os processos concursais são exímios na defesa do trabalho dos museus e dos seus profissionais. Não vejo é nenhum discurso curricular e experiência profissional por parte da Rita Rato que encaixe nos requisitos exigidos”, critica.