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Expresso

Cultura

“Mulherzinhas”: Brincar aos clássicos

O romance semi-autobiográfico que Louisa May Alcott publicou em 1868 volta a ser adaptado para cinema. O que trazem estas “Mulherzinhas” de diferente? Nomeado para seis Óscares

Vasco Baptista Marques

São precisos os dedos de três mãos para contar as vezes que "As Mulherzinhas" - o romance semi-autobiográfico que Louisa May Alcott publicou em 1868 - foi adaptado ao cinema. De facto, desde 1917, este clássico da literatura juvenil conheceu sucessivas versões (a de Cukor, em 1933, a de Armstrong, em 1994.), num processo de constante revisitação da história de coming of age que ele nos propõe.

A saber: a de quatro irmãs adolescentes que, no quadro de uma sociedade fortemente patriarcal (a do Massachusetts de 1860, a contas com a Guerra da Secessão), vão tentando realizar os seus sonhos românticos, profissionais, artísticos...

Para reanimar uma narrativa de emancipação feminina que se estende por um período de vários anos, o terceiro filme de Gerwig lança mão de uma montagem que procede por via de um permanente vaivém temporal, opondo a adolescência feliz das irmãs com as tribulações que marcam o início das suas vidas adultas. Trata-se de um modo de construção narrativa que, correndo o risco de desnortear (as transições entre tempos são apenas sancionadas pelo contraste entre os tons quentes do passado e os tons frios do presente), tem a vantagem de banhar o conjunto numa vaga melancolia, projetando a adolescência como um paraíso perdido: uma época de aspirações que o futuro cuidará, se não de desmentir, pelo menos de dificultar.

Aqui reside a originalidade de um exercício que, quanto ao mais, parece destacar-se sobretudo pela sua elegância, investindo numa reconstituição histórica tão certeira como discreta (dá-se bastante menos atenção aos vestidos do que às emoções das personagens) e apoiando-se de forma inteligente num elenco inspirado: se a Jo de Ronan é memorável, a Amy de Pugh não lhe fica atrás.

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Mas seria injusto associar a elegância desta versão com qualquer tipo de academismo. Com efeito, o que Gerwig procura impor, através de uma direção de atores arrojada, é uma sensação de vitalidade que se encontrava ausente na maioria das anteriores adaptações do romance: veja-se, por exemplo, as várias cenas em que as irmãs vão falando umas por cima das outras, para libertar a história da sua matriz literária.

Igualmente estimulante é a maneira como o filme joga, desde o começo, em dois tabuleiros ao mesmo tempo, identificando Jo como um alter ego de Alcott, e aproveitando a sua duplicidade (como personagem e como autora), para ir descrevendo em fundo o processo de criação do próprio romance que adapta.

O jogo de espelhos é inteligente e oferece ao filme uma densidade, uma construção por camadas, que vem sendo cada vez mais rara neste género de empreitadas. Académico? Não nos pareceu mesmo.

MULHERZINHAS
De Greta Gerwig
Com Saoirse Ronan, Emma Watson, Florence Pugh (EUA)
Drama/Romance M/12

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