A venda de automóveis elétricos tem vindo a crescer em toda a Europa. A tendência dos últimos meses confirma que os portugueses têm comprado menos carros a gasóleo, e a gasolina, e optado por automóveis híbridos e elétricos. Perante esta transformação, é fundamental que as redes privadas e públicas consigam dar resposta às necessidades de carregamento do mercado. Mesmo que a grande maioria dos utilizadores de carros elétricos faça o carregamento em caso ou no trabalho, só pode haver uma massificação da mobilidade elétrica com a continuidade de investimento na rede pública. O esforço dos diferentes operadores está em marcha a nível europeu, com a meta de chegar a um milhão de pontos de carregamento nas estradas europeias em 2025. Este investimento permite minimizar o problema das assimetrias regionais na cobertura da rede de carregamento público. Os operadores têm maior rentabilidade em colocar novos pontos nos grandes centros urbanos onde há mais utilizadores, preterindo as zonas menos povoadas do interior.
Para quem começou a utilizar carros elétricos em 2011, quando apenas existiam cinco pontos de carregamento rápidos, e que viu a rede estagnada, e com muitos pontos avariados até ao verão de 2016, o panorama atual é bem diferente permitindo viagens por todo o país.
Como instalar um ponto de carregamento no condomínio
No caso dos condomínios, há vários fatores a ter em conta. O primeiro passo é informar o condomínio da vontade de instalar soluções de mobilidade elétrica no edifício. Para o carregamento em casa e para que todos os condóminos possam instalar um ponto de carregamento na garagem é necessário realizar uma avaliação da instalação elétrica. Depois de verificar se é preciso adaptar infraestrutura, é fundamental garantir que os diferentes condutores conseguirão carregar o seu carro elétrico, em simultâneo, sem que a potência máxima disponível para o condomínio seja ultrapassada. Há soluções no mercado que fazem esta avaliação.
A inovação na mobilidade elétrica tem evoluído a cada dia que passa. São cada vez mais as aplicações que permitem carregar a partir do telemóvel, fazer a gestão elétrica do carregamento nos edifícios e alimentar a rede com o próprio carro.
A experiência de carregamento já pode ser digital permitindo gerir a operação através do telemóvel, assim como controlar os consumos, agendar sessões de carregamento e até acertar as contas da energia consumida com o condomínio de uma forma simples e automática, sem processos complexos de cobranças e acertos manuais no final de cada mês.
Quanto custa carregar um carro elétrico?
Seja em garagem própria ou num posto de carregamento independente, existem soluções para carregar todo o tipo de carros elétricos. Uma potência de carregamento até 3.7kW é ideal para híbridos plug-in, motas, e automóveis 100% elétricos que percorram poucos quilómetros por dia e não precisem sempre da bateria cheia no máximo.
Depois, com potências superiores a 3,7kW e até 22kW, podem permitir um ganho de autonomia até 100kms em menos de uma hora de carregamento, dependendo do modelo do carro. Segundo os dados da UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos – para atingir uma autonomia de 100 km custa, em média, €6 num posto público de carregamento rápido, €3 em casa, com uma tarifa normal, e €1,5 em casa com tarifa bi-horária.
A rede pública nacional já tem mais de 3500 pontos de carregamento normais, rápidos e ultrarrápidos. E não se julgue que é só nos grandes centros urbanos. O mapa nacional de carregadores tem aumentado a bom ritmo e, atualmente, já é possível carregar o nosso automóvel em zonas de restauração, hotéis, hospitais, parques de estacionamento, espaços comerciais, áreas de serviço e espaços públicos municipais.
A mobilidade elétrica é a resposta para o nosso futuro e para o da Geração Zero. Saiba mais sobre mobilidade sustentável e acompanhe este projeto aqui no site do Expresso e na SIC Notícias.