Um surpreendente Futebol Clube de Vizela, na sexta posição, recebe segunda-feira, dia 17 de abril, pelas 20h15, o Boavista Futebol Clube, em jogo a contar para a jornada 28 da Primeira Liga de Futebol. À mesa, sobre a toalha, o duelo gastronómico já começou com o “Bacalhau à Zé do Pipo” da Adega Avelino, comandada por Agostinho Ribeiro, a bater-se com o “Arroz de polvo com filetes do mesmo” do restaurante Mister Couto, com Sebastião Teixeira Couto como capitão.
Futebol Clube de Vizela - Bacalhau à Zé do Pipo
Reza a história que o “Bacalhau à Zé do Pipo” foi criado em 1940, por José Valentim, que deu como nome ao prato a alcunha pela qual era conhecido, “Zé do Pipo”. Chega a Vizela quando Carlos Alberto Cabral, que concebeu a Casa e o Parque de Serralves e Delfim Ferreira, proprietário da Casa de Serralves, recrutaram para esta cidade termal um cozinheiro para confecionar este prato. Agostinho Ribeiro, proprietário da Adega Avelino, é hoje um dos guardiões da receita e fez dela especialidade da casa. Vice-Presidente do Futebol Clube de Vizela desde fevereiro, orgulha-se quando fala do prato que apresenta com esmero.
Antes do “Bacalhau à Zé do Pipo” (€15) chegar à mesa é preciso "passar o bacalhau por leite e depois levá-lo a uma sertã para o selar”, conta. Depois, faz-se um puré de batata caseiro, “com batatas das nossas hortas”, e leva-se ao forno, adicionando “por cima do puré, uma maionese caseira”. Vinte minutos bastam para ficar pronto a servir. Na Adega Avelino (Rua Dr. Pereira Caldas, 34, Vizela. Tel. 253584324), é frequente cruzar-se com jogadores do clube a provar esta especialidade Como curiosidade, Agostinho Ribeiro é vulgarmente chamado de Avelino, nome do pai, que fundou a casa em 1964, e lhe incutiu o gosto quer pela culinária, quer pelo futebol e, acima de tudo, a paixão pelo Futebol Clube de Vizela que considera “o maior clube do país”.
Boavista Futebol Clube - Arroz de polvo com filetes do mesmo
Sebastião Teixeira Couto é, desde que se lembra, adepto do Boavista. Aliás, garante, aos 57 anos, que já nasceu “Pantera” e “assim morrerei”. A devoção é tanta que o Mister Couto, casa que abriu há 35 anos em Matosinhos, cedo se tornou ponto de encontro de jogadores, dirigentes e simpatizantes deste clube de futebol. “Um dos dias mais felizes da minha vida”, confidencia Sebastião Couto “foi o da conquista do campeonato nacional, a encerrar o século XX”. Com uma carta variada, tem no Arroz de polvo com filetes do mesmo (€34), para duas pessoas, um dos pratos mais procurados. A receita, recorda, “é simples, as mão das cozinheiras é que fazem a diferença”.
Começa-se por cozer o polvo, ao mesmo tempo que se prepara um “estrugido”, nome dado a norte ao “refogado”, ou seja, junta-se, num tacho, azeite e cebola até alourar. Quando ganha cor, junta-se a água onde o polvo cozeu, posteriormente o arroz e o polvo cortado em pequenos pedaços. Para os filetes, recorda Sebastião Couto, “guardam-se os pedaços dos tentáculos mais grossos” que passam por farinha e ovo, ajustando-se, nessa altura, o tempero, antes de os levar à fritadeira, até ficarem com o polme estaladiço. No Mister Couto (Rua Roberto Ivens, 393, Matosinhos. Tel. 229384765) o arroz é servido num tacho de barro, e os filetes chegam à mesa decorados com rodelas de limão.
O Prato Forte da Jornada é uma iniciativa Boa Cama Boa Mesa, com o apoio da Betclic, que ao longo de toda a temporada vai colocar em confronto as receitas tradicionais das regiões dos clubes que disputam a Primeira Liga de Futebol. Para a semana saiba que pratos representam o Portimonense e o Gil Vicente.
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