A bola começa a rolar sobre o relvado do Estádio do Bessa Século XXI pelas 18h00 deste sábado, dia 27 de agosto. Na cidade do Porto, o Boavista Futebol Clube recebe o Sport Lisboa e Benfica na quarta jornada do campeonato da Primeira Liga. À mesa joga-se com arroz! A equipa da casa vai a jogo com o “Arroz de polvo com filetes do mesmo” do restaurante Mister Couto, enquanto o Benfica aposta no “Pato corado com arroz” da Adega Tia Matilde.
Boavista Futebol Clube - "Arroz de polvo com filetes do mesmo"
Sebastião Teixeira Couto é, desde que se lembra, adepto do Boavista. Aliás, garante que, com 57 anos, já nasceu “Pantera” e “assim morrerei”. A devoção é tanta que o restaurante que fundou, Mister Couto, em Matosinhos, faz em janeiro 35 anos, e cedo se tornou no ponto de encontro de jogadores, dirigentes e simpatizantes deste clube. “Um dos dias mais felizes da minha vida”, recorda Sebastião Couto “foi o da conquista do campeonato nacional, a encerrar o século XX”. Com uma ementa variada, o restaurante tem no "Arroz de polvo com filetes do mesmo" (€34), preparado para duas pessoas, um dos pratos mais procurados.
A receita, recorda, "é simples, as mãos das cozinheiras é que fazem a diferença”. Começa-se por cozer o polvo, ao mesmo tempo que se prepara um “estrugido”, nome dado a norte ao “refogado”. Ou seja, no tacho coloca-se azeite e cebola até alourar. Quando ganha cor, junta-se a água onde o polvo cozeu, posteriormente o arroz e o polvo cortado em pequenos pedaços. Para os filetes, explica Sebastião Couto, “guardam-se os pedaços dos tentáculos mais grossos”, que depois se passam por farinha e ovo, ajustando-se, nesse momento, o tempero, e leva-se à fritadeira, até ficarem com o polme estaladiço. No restaurante Mister Couto (Rua Roberto Ivens, 393, Matosinhos. Tel. 229384765) o arroz é servido em tacho de barro e os filetes chegam à mesa decorados com rodelas de limão.
Sport Lisboa e Benfica - "Pato corado com arroz"
Emílio Andrade, nascido em Lisboa, no Hospital de São José, no dia 2 de abril de 1921, do alto dos seus 101 anos, assume ter sempre sob as costas o “manto sagrado” nome dado à camisola do Benfica, e no bolso, o maior dos orgulhos: o cartão do clube fundado em 1904, do qual é o sócio número 1. Fica com os olhos marejados de cada vez que entra na sala da Adega Tia Matilde e olha para a mesa posta, resguardada de qualquer cliente, onde religiosamente Eusébio, o “Pantera Negra”, passou dias seguidos a almoçar e a jantar, sempre à conversa com Emílio Andrade. Outros benfiquistas de renome, como Toni ou Humberto Coelho, são presença habitual, a maior parte das vezes à procura do "Pato corado com arroz", (€27) diariamente na ementa.
A experiência das cozinheiras e a qualidade da carne, do mesmo fornecedor “há mais de 40 anos” são garantia de consistência, mas parte do segredo passa pela assadura lenta no forno, finalizado com os sucos sobre a carcaça do pato, antes de o desossar. É depois colocado sobre o arroz, feito com os “miúdos” do pato e gorduras naturais, e decorado com duas rodelas de laranja e, claro, chouriça portuguesa, com o vermelho característico que, para Emílio Andrade, remete sempre para o clube do coração. Na Adega Tia Matilde (Rua da Beneficiência, 77, Lisboa. Tel. 217972172) sugere-se, rumo à vitória gastronómica, um tinto encorpado como complemento.
O Prato Forte da Jornada é uma iniciativa Boa Cama Boa Mesa, com o apoio da Betclic, que ao longo de toda a temporada vai dar colocar em confronto as receitas tradicionais da região dos clubes que disputam a Primeira Liga de Futebol. Para a semana, saiba que pratos fortes vão estar em jogo em representação do Portimonense Sporting Clube e do Futebol Clube de Famalicão.
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