Antes pelo contrário

Os intelectuais de direita sentados no sofá

Não quero entrar aqui num concurso de vitimização, mas a hegemonia cultural da esquerda foi chão que já deu uvas. E deixou de as dar lá para os anos 80. Se os intelectuais de direita estão a sair do armário, quero um armário assim, confortável e quentinho.

Daniel Oliveira

Numa edição do "Público" da semana passada, o jornalista Paulo Moura fez um extenso trabalho sobre a nova intelectualidade de direita, que lentamente se afirma e rompe uma suposta hegemonia sufocante da esquerda. Grande parte do guião deste trabalho, com o sugestivo título "Os intelectuais de direita estão a sair do armário", é estruturado pela competente argumentação de António Araújo, um dos intelectuais de direita que mais respeito. Tese que encontramos, em parte, num artigo deste autor sobre a cultura de direita em Portugal, que já citei aqui no "Expresso" como um texto de referência. Mas, convenhamos, esta narrativa que nos conta a história de uma direita a bater-se pela vida num país insuportavelmente dominado pelo pensamento de esquerda é uma fantasia. E, para ser cauteloso, vem pelo menos com uma década de atraso.

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