Antes pelo contrário

Espanha: um partido a mais à direita, uma possível “geringonça” à esquerda e o elefante sentado na sala

A hecatombe no PP, o novo papel do Ciudadanos, a chegada do Vox, uma maioria de esquerda obrigada a resolver o problema das nacionalidades e o desafio que um Podemos fragilizado tem pela frente não vão apenas determinar o novo ciclo político. Marcarão uma nova fase da política espanhola em que o fim bipartidarismo está definitivamente confirmado

A estratégia de radicalização do PP, apostando tudo no confronto com o independentismo catalão e exacerbando o “espanholismo” como cimento da direita, na esperança de fazer esquecer a sua governação e os casos de corrupção, teve o efeito oposto ao desejado. Legitimou o discurso da extrema-direita, que acabou por se conseguir impor com facilidade, e deixou o centro disponível para o Ciudadanos e o PSOE. O PP teve o pior resultado desde 1977, de muito longe. Esta é a verdadeira notícia destas eleições. O PP passa de 33% para 16,7% e de 137 para 66 deputados. Metade, nos dois casos.

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