Podemos fazer muitas acusações a Hugo Chávez, e eu desde o início (ainda no final dos anos 90) fiz-lhe bastantes. Infelizmente, o tempo confirmou todas: a inviabilidade do extrativismo e os perigos do caudilhismo.
Mas Chávez sempre teve o cuidado de fundar a sua legitimidade política no voto. Foi sempre a eleições e, apesar de permanentes queixas da oposição, ninguém sério, na comunidade internacional, duvidou das suas vitórias. E aceitou uma derrota num referendo. Mesmo as queixas de censura chocaram com a participação de uma comunicação social oligárquica na organização de um golpe militar. E a oposição nunca deixou de dominar os principais órgãos de comunicação social privados. A legitimidade formal era um dos seus grandes trunfos.
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