Esta semana ao conversar com entrevistados, fontes oficiais e anónimas, conhecidos e amigos - todos made in Portugal - dei por mim a questionar-me ' que país é este?', ' quem se revê neste Portugal?'.
De que adianta um enorme esforço se o corte é para todos, indiferente à meritocracia.
Quantos de nós temos:
- Um amigo ou conhecido cuja mulher está desempregada?
- Outro que está, ele próprio, sem trabalho?
- Um conhecido que mudou os filhos de uma escola privada para uma pública porque já não consegue fazer face às despesas, apesar de ter consciência de que (neste caso específico) é uma má escolha?
- Uma amiga que dá o "litro" na função pública, mas que leva com um corte cego porque - qual pecadora! - ganha mais de mil euros!?
Para onde vamos? Que talentos retemos, desta maneira? Nenhuns|
Cada uma destas pessoas, com quem falei, só manifestou uma única vontade: emigrar. Preocupante. Uma coisa é ir para fora em busca de uma vida melhor, outra é ter mesmo de ir embora por falta de escolhas dentro da sua nação.