que Almada saltaria com isto, fazendo desta brasa de três versos uma fornalha crematória de académicos antiquários de si mesmos. Dar a Ode Triunfal ao estudo sem 3 dos seus 240 ossos não é deixá-lo com 237, é fazer-lhe uma cirurgia plástica ao corpo. Não desfigura, reconfigura, debaixo de uma luz estética e usando um x-ato moral. Querem o poeta a fazer de jarra na sala de aula, querem o poema a servir de teorema para meninos de oito anos. O que estão a fazer os "pândegos" e as "putas" dentro daqueles automóveis, o que estão a fazer aqueles homens de aspeto decente masturbados nos vãos de escada? Estão lá para o contrário do que parece.
Para continuar a ler o artigo, clique AQUI
(acesso gratuito: basta usar o código que está na capa da revista E do Expresso. Pode usar a app do Expresso - iOS e Android - para descarregar as edições para leitura offline)