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Happy Mondays no Sagres Campo Pequeno: a “party people” merecia mais, mas umas boas maracas animam sempre a malta

A um Campo Pequeno longe de estar cheio, os Happy Mondays trouxeram a memória de canções imortais, como ‘Step On’ ou ‘Hallelujah’, mas apesar dos melhores esforços do eterno ‘hype man’ de serviço mostraram-se muito aquém do incrível legado de “Madchester”

Happy Mondays no Sagres Campo Pequeno, Lisboa
Rita Carmo

Os revivalismos só são bons até àquele momento em que as bandas se tornam caricaturas do que foram outrora. Os Happy Mondays acrescentaram um valor inestimável à música britânica no final da década de 1980 e início de 1990, ajudando a colocar Manchester no mapa, mas se do regresso ao estúdio em 2007 não rezará a história, daquilo que hoje fazem em palco também não. O que trouxeram este domingo ao palco do Sagres Campo Pequeno, em Lisboa, e que há três décadas podia ter sido encarado como irreverente, ficou muito aquém de fazer jus à memória de canções como ‘Step On’ ou ’24 Hour Party People’ e, de forma mais alargada, ao incrível legado de uma cena como a de “Madchester”.