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“Te amo mucho, Lisboa”: a lição de sedução fora de horas de St. Vincent no NOS Alive

Reiterou que todos nascemos a gritar, afiançou-nos que vamos ultrapassar “tempos complicados” juntos, fez um bonito 'crowdsurf' e saltou para as cavalitas de um previdente segurança: St. Vincent comprovou, mais uma vez, nesta segunda noite de NOS Alive, por que razão é uma das maiores entertainers do rock do século XXI

St. Vincent no NOS Alive 2025
Rita Carmo

Talvez estivesse um pouco confusa… ou talvez não. St. Vincent, Mrs. Annie Clark para os amigos, despediu-se do público do NOS Alive, nesta madrugada de sábado, com um arrebatado “Te amo mucho”, depois de vários “obrigado” bem pronunciados. É certo que veio de Barcelona e segue amanhã para Madrid, mas também sabemos que regravou “All Born Screaming”, o álbum de 2024 que veio apresentar ao Passeio Marítimo de Algés, na língua de nuestros hermanos, pelo que certamente estará mais confortável com o espanhol do que com o português. É verdade, também, que quando, pouco depois de iniciar a atuação, serviu, animalesca, uma ácida ‘Broken Man’, com os seus sintetizadores intrigantes, desejámos escutá-la gritar ‘Hombre Roto’. Línguas à parte, foi dela um dos concertos mais intensos e arrebatados que o NOS Alive 2025 recebeu (e, sim, ainda nem terminou). O público não acorreu em peso à tenda do palco Heineken, nem de perto nem de longe, mas a entrega foi total.