Talvez estivesse um pouco confusa… ou talvez não. St. Vincent, Mrs. Annie Clark para os amigos, despediu-se do público do NOS Alive, nesta madrugada de sábado, com um arrebatado “Te amo mucho”, depois de vários “obrigado” bem pronunciados. É certo que veio de Barcelona e segue amanhã para Madrid, mas também sabemos que regravou “All Born Screaming”, o álbum de 2024 que veio apresentar ao Passeio Marítimo de Algés, na língua de nuestros hermanos, pelo que certamente estará mais confortável com o espanhol do que com o português. É verdade, também, que quando, pouco depois de iniciar a atuação, serviu, animalesca, uma ácida ‘Broken Man’, com os seus sintetizadores intrigantes, desejámos escutá-la gritar ‘Hombre Roto’. Línguas à parte, foi dela um dos concertos mais intensos e arrebatados que o NOS Alive 2025 recebeu (e, sim, ainda nem terminou). O público não acorreu em peso à tenda do palco Heineken, nem de perto nem de longe, mas a entrega foi total.
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“Te amo mucho, Lisboa”: a lição de sedução fora de horas de St. Vincent no NOS Alive
Reiterou que todos nascemos a gritar, afiançou-nos que vamos ultrapassar “tempos complicados” juntos, fez um bonito 'crowdsurf' e saltou para as cavalitas de um previdente segurança: St. Vincent comprovou, mais uma vez, nesta segunda noite de NOS Alive, por que razão é uma das maiores entertainers do rock do século XXI